Há um mundo real, mas eu não sabia
Ao isolamento mental eu me pertencia.
Estava sendo tão banal que desconhecia,
O sentimento real da vida em Deus e famigomía.
Enquanto estava isolado em minha própria mente,
O tempo passava apressado bem na minha frente,
Não saia, a timidez, me era a corrente,
Não falava, mas pensava tudo coerente.
Me vi um tempo assim e que consequente,
Fui estudar o médim, um amigo diferente,
Achei no colegim e disse daqui pra frente,
Deixar de ser um bestim, porque eu também sou gente.
Inibido na preguiça? Sim! Infelizmente,
Mas daqui por diante tenho que ser excelente,
Foi o que pensei, me era tão evidente,
Por isso que decidi em sempre seguir em frente.
Então continuei, continuei com os meus passos,
7ª Do fundamental, já queria o meu espaço,
Os passos que comecei, comecei daí,
Então bem lentamente comecei a emergir.
Era tudo estranho, todo vergonhoso,
A imersão do saber... Era vagaroso,
Eu ouvia, ouvia, mas cadê concentração,
Não falava, falava, mas de coração,
Dentro de mim ouvia, nada de perturbação,
Só que fora espantado pela população.
Então foi aí que um dia decidi,
Do isolamento mental eu tinha fugir.
Então eu fugi com a ajuda de Deus,
E mais na frente família e todos os meus,
Irmãos de sangue e também de ruas,
E desde um pouco estava lembrando da lua.
Do seu brilho eterno e escuridão,
Pois ao mesmo que é romântica,
Têm-se nela solidão,
Foi por isso que eu pensei em deixar rolar,
Porque o ser humano nunca sempre está triste,
Muito menos feliz sempre estará!
Deixei a vida rolar, ela rolou, então foi pá!
Um amigo me mostrou um rap pra escutar,
Escutei, eu gostei e disse que quero mais,
Só que inconscientemente “eu quero ser quem o que faz”.
E quando eu pensei, foi no médio olha a treta,
Não sabia do por que, só sabia que era letras,
A escolha foi boa, escolhi a faculdade,
Com certeza as palavras me eram a sanidade.
Daí eu passei, português/francês
Só que antes disso já tinha começado a iludes,
Mas conscientemente eu ainda não sabia,
Que queria ser um rapper de apologia,
À verdade pela luta, simplicidade pela chuva,
Na alegria ou na tristeza não dar bola à avareza,
E quando o sentimento é real, martiriza o irreal,
E do irreal eu faço sentimento natural.
Pois se arte é o que não é e passa a ser,
O irreal não é, mas você pode perceber,
Pode concretizá-lo e passar pros outros ver,
Sentir a paz mútua que por cabeça dura, não podemos obter.
Correndo descalço, pastorando gado,
A minha vida eu fui por passo,
Cada vez mais pro lado do bem,
Sendo moldado vou muito mais além...
Eu já joguei ximbra, já joguei pião,
Já cavalguei com medo de cair no chão.
Eu já brinquei de feda e de futebol,
Agora estou no rap sempre dando o meu melhor.
E o rap é isso aqui, é vida real
Detonando os traíra que finge ser da real,
Me desculpa aí, mas tenho amigo leal,
E você que finge ser, dane-se, porque tu não tem moral.
Eu sou o que sou e não vou deixar ser,
Pois sei o que sou e quando você perceber,
Vai ver que eu sou aquele que você quer ver,
Então cola no show, porque eu to aqui pra viver.
Não pela fama, não pela fama, não pela fama...
Humana, bacana, sacana,
Mas a mente que engana,
Mudança, criança,
São as nossas esperança,
Vingança, ganância
Alimenta a matança...
E dessa alimentação vamos seguindo com dor,
Muitos escolhem o mal ao invés do amor,
Eu vou seguindo com raiva, mas querendo viver,
Deus me livrou do ódio me entregando você, show!